quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TARADOS DA PM

Senhoras e senhores posto aqui para vosso deleite a linda crônica escrita por uma companheiro de luta o grande Jurandir (Chamusca), segue o texto.

TARADOS DA PM
Estive ontem no ato. Sou professor sub-empregado do Estado de São Paulo. Para quem no Brasil não sabe, em São Paulo existe uma coisa chamada "professor  com contrato precário". Trata-se de uma contratação sem concurso para suprir a falta de professores da rede estadual de ensino. Trata-nos como sub-empregados fazedores de bico. Estudei cinco anos no bacharelado da Letras-USP e mais quatro na licenciatura para que eu possa aprender a como ser um professor. Não sou um caso à parte, como eu existem milhares de pessoas muito competentes na mesma situação.
Já na polícia militar não existe esse tipo de contrato temporário de trabalho, polícia no nosso estado é considerado muito mais importante do que professores e alunos, os bicos que eles fazem normalmente ou são para serem jagunços de puteiro, gigolôs de prostitutas ou segurança de boca, entre outras atividades educativas que tanto nos enchem de orgulho.
Vamos ao ato.

Caminhamos do teatro municipal até a praça da República (república lembram, coisa pública, lá dos romanos, esqueci um pouco, sei lá). O percurso foi: viaduto do chá, Praça do Patriarca (da república), rua Direita, Quinze de Novembro (essa data me lembra algo), rua São João, rua Ipiranga (me lembra de algum grito por uma coisa que não conquistamos) e praça da República. Nada aconteceu entre os manifestantes que pudesse dar motivo para o que aconteceu depois.

Como sabemos, os arautos da sabedoria do nosso estado - os jagunços do PSDB -, têm um grande fetiche em brandir seus instrumentos fálicos e educativos para a população que paga seus salários. Não sabemos se isso é em contrapartida à falha de seus membros (entendam como quiserem) ou se é porque o prefeito da nossa cidade, aliado dos tucanos, é chegado num cassetete (não me entendam mal, não falo de falos), gosta que batam não sei se de apanhar também, cada um com seus fetiches. Não gosto de uma coisa nem outra, os nossos membros (pessoas do ato) trabalham normalmente sem precisar dessas coisas que apimentam a relação membros da sociedade x membros do estado. Não somos tarados, psicopatas de fardas e cargos. Somos alunos, professores, bancários, desempregados, povo. Essa apimentadinha, esse choro lacrimogêneo, esse brandir de pistolas não é conosco. Deixamos para os tarados nas suas orgias e troca-trocas de caserna.
Nada aconteceu no ato que justificasse a violência, isto claro sob o nosso ponto de vista humanista, do lado de lá, motivo é o que não falta.
Vamos ao ato!


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